Minha história com a acne começou durante a adolescência. Como acontece com a maioria dos adolescentes, minhas espinhas eram consideradas algo normal da idade e que se resolveria com o tempo.
Naquela época (lá pra 2008), eu nunca tinha ouvido falar sobre rotinas de skincare, uso adequado de proteção solar ou cremes hidratantes. Os únicos “tratamentos” para acne eram adstringentes a base de álcool e esfoliantes físicos agressivos como os da marca Clean&Clear… Ah, se eu soubesse tudo o que sei hoje naquele tempo, com certeza não estaria aqui hoje para contar minha história com a acne!

Mudança de país
Aos 17 anos, uma mudança de país mudou minha pele: na Cidade do México, o clima seco contribuiu para o controle da oleosidade da minha pele.
Mas não demorou muito para que eu me acostumasse ao novo clima e minha pele, que se manteve normal durante os primeiros anos, começou a apresentar problemas novamente.
Dessa vez, como já estava um pouco mais velha, passei com um dermatologista pela primeira vez. O tratamento escolhido foi o famoso Roacutan (isotretinoína, medicamento oral muito agressivo para a acne). Eu acreditava que seria o fim dessa história, que depois disso a acne nunca voltaria…
Problemas hormonais
Durante todos esse anos (dos meus 15 aos 22 anos) eu tomei anticoncepcional. Apesar desse tipo de medicamento ser indicado para o controle da acne, minha pele apresentava sinais de desequilíbrio hormonal – o que, surpreendentemente, não alertou nenhum ginecologista ou dermatologista.
Para eles, eu ainda era muito nova e minha acne iria se curar naturalmente sozinha.
Eu tive altos e baixos e, em geral, não fazia nada de especial para cuidar da minha pele. Após o primeiro tratamento com Roacutan, eu não mantive nenhuma rotina de cuidados e também não tinha nenhum conhecimento sobre a prática do skincare…
Uma grande piora


Até que no começo do ano de 2016, tudo mudou: meu quadro de acne vinha piorando rapidamente nos últimos meses de 2015 e comecei a sofrer com grandes e dolorosas espinhas internas. Depois de uma limpeza de pele que deu errado, essas espinhas se espalharam por todo o meu rosto!
Acabei encontrando uma dermatologista de emergência e corri para o consultório, onde tomei várias injeções (sim, nas espinhas!) para controlar a inflamação.
Foi quando comecei o tratamento com o Roacutan pela segunda vez.
O tratamento durou 4 meses: minha pele ficou limpa! Mas o resultado duraria pouco: nessa época, eu parei de tomar o anticoncepcional.
Por vários motivos, a pílula não me fazia bem! Foi uma decisão difícil, pois eu sabia o que poderia acontecer com a minha pele.
A acne foi voltando aos poucos, e de repente me vi numa situação que eu já não podia controlar.
Outra mudança de país
Em meados de 2016 eu me mudei do México para a Estônia.
Em um país novo, com um idioma que eu não conhecia e outras prioridades tomando conta do meu tempo, eu fiz o que pude para curar minha acne sozinha.
Quando percebi que nada estava funcionando, procurei mais um dermatologista. Ele não hesitou em me passar outra vez o Roacutan – mas ele mesmo disse que as acnes voltariam alguns meses depois do tratamento.
Meu terceiro (e último) tratamento com a isotretinoína foi muito forte. Eu tomei a dosagem máxima e tive muitos efeitos colaterais negativos.
Meu dermatologista queria parar a inflamação da pele o mais rápido possível para que eu não sofresse com muitas cicatrizes e manchas pós acne no futuro.
Cerca de oito meses após o término do tratamento, as espinhas começaram a voltar – dessa vez menores, mas ainda assim muito persistentes.
Infelizmente, meu dermatologista confessou que não poderia me ajudar: segundo ele, uma parte da minha acne vinha de algum tipo de alergia ou intolerância a certos alimentos.
E a outra parte era foliculite, doença qual, segundo ele, não tinha tratamento nem cura.

Minha pele em 2017…
Muitas manchas e inflamação
… E em 2018
Após o terceiro tratamento com Roacutan

Foi quando eu despertei
Com o orçamento apertado, eu não tinha possibilidades de me consultar com um alergista nem fazer o teste de alergia de alimentos, como me havia sugerido o dermatologista.
Em vez disso, eu mergulhei de cabeça em fóruns, vídeos e comunidades na Internet em busca de uma solução.
Passei noites em claro traduzindo estudos, analisando depoimentos de outras pessoas que sofriam do mesmo problema que eu e comecei a entender, aos poucos, a minha doença.
Descobri que o que eu tinha era acne fúngica, ao mesmo tempo que sofria de acne hormonal e espinhas causadas por intolerâncias a certos alimentos.
Era muita coisa para processar, e foi difícil decidir por onde começar! Mais tarde entendi que a foliculite da qual meu último dermatologista falava, nada mais era do que a acne fúngica.
Minha alimentação, meu estilo de vida e minha rotina de cuidados com a pele tiveram que mudar drásticamente. Foram anos difíceis de altos e baixos, melhoras e rebotes, de testes intermináveis e muitos estudos.


Minha história com a acne não termina aqui
Hoje, eu quero compartilhar com você tudo que aprendi até aqui, tudo que funcionou e me trouxe ao controle da acne.
Eu posso te ajudar a chegar no mesmo resultado – só que muito mais rápido.
É possível controlar a acne, mesmo essa doença sendo crônica. E você também pode deixar de sofrer por ela!